lunes, 25 de julio de 2016

Entrevista ao Patriarca Ecuménico sobre o Santo e Grande Concílio da Igreja Ortodoxa


No dia 27 de junho, concluiu-se em Creta o “Concílio Grande e Santo” da Igreja Ortodoxa. Apesar das desistências de algumas Igrejas, um evento epocal, construído com paciência e fé, através de instrumentos antigos e novos: qual é a razão pela qual o senhor quis esse evento?

O Santo e Grande Concílio foi o fruto de uma longa preparação e a consequência de uma decisão pan-ortodoxa, tomada desde o início do século XX. Não foi algo de novo, já que gerações de fiéis ortodoxos cresceram com esse sonho: a saber, a convocação do “Santo e Grande Concílio”. Mas a efetiva preparação do começou em 1961, com a primeira conferência pré-conciliar pan-ortodoxa de Rhodes, que lançou as bases organizativas de todo o processo pré-conciliar.

Os passos posteriores foram a convocação das “comissões” preparatórias pré-conciliares e “conferências” preparatórias pré-conciliares: em 2015, foi realizada a última conferência pan-ortodoxa. Eu gostaria, a esse respeito, de salientar que, precisamente depois da minha eleição há 25 anos ao sólio do Apóstolo André, começamos as sinaxes [isto é, as cúpulas] dos patriarcas e primazes das Igrejas ortodoxas: uma instituição nova, que se encaixa no contexto da sinodalidade.

A convocação, portanto, por parte da Nossa Modéstia e com a opinião unânime dos outros Primazes das Igrejas Ortodoxas do Santo e Grande Concílio Pan-ortodoxo não foi uma decisão pessoal, mas foi uma iniciativa, que expressava a maturação e a necessidade da convocação desse Concílio, para que se realizasse o sonho de gerações de fiéis, a fim de enfrentar e de dar uma resposta a algumas questões fundamentais da Igreja Ortodoxa. Por isso, como diz o comunicado da Sinaxe de janeiro passado em Genebra, “os participantes, ‘fazendo a verdade na caridade’, de acordo com a palavra apostólica (Ef 4,15), agiram permeados por um espírito de concórdia e de compreensão. Os primazes, consequentemente, confirmaram a sua decisão para que o Concílio seja convocado de 16 a 27 de junho de 2016”.

Qual foi e qual será o alcance do Concílio para a Igreja Ortodoxa e o que o Patriarca Ecumênico traz no coração, agora que o Concílio foi celebrado?

O Concílio é um meio de autodeterminação da própria Igreja e um meio para a sua renovação. Como eu reiterei na homilia de abertura dos trabalhos do Concílio, “não se trata de uma simples tradição canônica, que recebemos e conservamos, mas se trata de uma verdade teológica e dogmática fundamental, sem a qual não há salvação. Confessando a nossa fé expressada no Sacro Símbolo [o Credo], na Igreja una, santa, católica e apostólica, declara-se, ao mesmo tempo, a fé na sua sinodalidade, que encarna, ao longo da história, todas as propriedades do mistério da Igreja, ou seja, a sua unidade, santidade, universalidade e apostolicidade”.

A Igreja Ortodoxa passou um longo período sem conseguir convocar um Concílio de tal magnitude, especialmente por causa das convulsões políticas do século passado. O Santo e Grande  Concílio não teve o caráter de um Concílio Ecumênico e também não se tratou de um Concílio que visasse a abordar questões dogmáticas ou de fé. Por esse motivo, as temáticas foram circunscritas, foram preparadas, elaboradas e transformadas durante os trabalhos pré-conciliares e foram trazidas perante a assembleia convocada para discuti-las.

A Igreja Ortodoxa, de acordo com a práxis pan-ortodoxa prevalecente, deve, no seu conjunto, implementar as decisões que foram tomadas, assim como todas as propostas e os pontos de vista que estão contidos na Encíclica Sinodal. De acordo com o que foi decidido durante a última Sinaxe dos Primazes, de janeiro de 2016 em Chambesy, cada Igreja Ortodoxa Autocéfala irá valorizar de modo apropriado os textos aprovados e a Encíclica Sinodal. O Concílio, por meio dos textos elaborados e aprovados, conseguiu responder com sucesso às exigências do mundo moderno cristão ortodoxo, procedendo a análise e a solução dos problemas pastorais cotidianos, como, por exemplo, os casamentos mistos, as relações com os cristãos de confissão não ortodoxa e a importância do diálogo inter-cristão e inter-religioso.

A presença de observadores de Igrejas não ortodoxas e de organizações cristãs [o Conselho Mundial de Igrejas] é um exemplo concreto da importância que a Igreja Ortodoxa atribui à colaboração com os outros cristãos. O Patriarcado Ecumênico, como o primeiro Trono, tendo a responsabilidade de coordenar as relações e o diálogo inter-cristão e inter-religioso, acompanha com um interesse inalterado o caminho do testemunho do Evangelho. Um testemunho feito durante a conturbada história do Patriarcado Ecumênico por figuras como os Padres da Igreja João Crisóstomo e Gregório, o Teólogo, Jeremias, o Grande (o patriarca que, no século XVI, respondendo aos apelos de Melanchton, disse: “Basta de outros cismas entre os cristãos”) e, na era moderna, com Ioakim III no início do século passado, e Atenágoras, nos anos 1960″.

No Concílio, participaram mais de dois terços das Igrejas: mas o que as Igrejas não ortodoxas vão receber do Concílio de Creta?

Na verdade, a Igreja Ortodoxa, através desse Concílio, adquiriu a possibilidade de se dirigir com maior autoconvicção à sociedade moderna e de se expressar com uma única voz sobre questões relativas à colaboração e cooperação com as outras Igrejas cristãs e com as outras religiões. Em particular, as Igrejas Ortodoxas Autocéfalas, onde coexistem com outras Igrejas cristãs e confissões e as outras religiões, prestam-se à instauração de um espírito de paz e de convivência através do diálogo e do debate cotidiano, em um mundo hoje flagelado pelas guerras, pelo terrorismo e pela instabilidade política.

Como se diz na Encíclica Sinodal do  Santo e Grande Concílio , “a Igreja Ortodoxa sempre deu grande importância ao diálogo e, particularmente, ao diálogo com os cristãos de confissões diferentes. Através desse diálogo, o mundo cristão não ortodoxo tomou melhor conhecimento da Ortodoxia e da autenticidade da sua tradição. Nós acreditamos que, para além da continuidade do diálogo teológico bilateral com a Igreja Católica de Roma, há espaço para ações e iniciativas comuns, como a última visita a Lesbos, realizada junto com o irmão Papa Francisco, expressão mínima, mas exemplar, de solidariedade aos refugiados”.

No século passado, o movimento ecumênico semeou nas Igrejas uma expectativa de unidade: um sonho que tem inimigos. Em nove anos, será celebrado o XVIII centenário do primeiro Concílio Ecumênico: quais são os progressos esperados?

O primeiro Concílio Ecumênico em Niceia, em 325, constitui uma etapa essencial da expressão da sinodalidade da Igreja. Com esse meio, a Igreja assegurou a sua identidade e foi protegida ao longo dos séculos de divergências dogmáticas e doutrinais. Depois do cisma de 1054, a Igreja não cessou de colocar a fé em Deus para a plena unidade: e por isso continuou o diálogo construtivo. Infelizmente, dois importantes Concílios – o de Lyon, em 1274, e o de Ferrara e Florença, em 1438-1439 – não conseguiram curar as divergências entre a Igreja do Oriente e do Ocidente, com o resultado da persistência, até os nossos dias, dessa divisão.

Naturalmente, essa é uma vergonha para nós, cristãos, e nunca se deverá deixar de tentar restabelecer a unidade “para que todos juntos nos encontremos reunidos na mesma fé e no conhecimento do Filho de Deus, para chegarmos a ser o homem perfeito que, na maturidade do seu desenvolvimento, é a plenitude de Cristo” (Ef 4, 13). Contentar-se com o que já tivemos nos leva à apatia e ao esquecimento ou, pior ainda, à recusa de dialogar com os nossos irmãos cristãos. Isso constitui um grande pecado e expressa a nossa máxima desobediência à vontade de Deus pela unidade.

Pela graça do Espírito Santo, as pessoas que, no nosso tempo, foram chamadas a oferecer a sua diaconia ao serviço da Igreja, são permeadas pela necessária nobreza e sensibilidade espiritual, de modo que possam se expressar com maior fé e confiança em favor da unidade de cristãos. Essa vontade foi muito viva e forte no início dos diálogos teológicos bilaterais do século passado, apesar dos rumores malignos que tentaram atacar esse esforço. Até agora, conseguimos encontrar um ritmo constante de comunicação e um método de análise teológica: eles constituem instrumentos necessários para a nossa cooperação prática em matéria de reflexão teológica. Naturalmente, não faltam vozes provenientes de todas as Igrejas cristãs que desejam a interrupção desse diálogo: mas não devemos nos esquecer, porém, de que isso seria particularmente agradável ao Detrator [o Diabo], que deseja a divisão e diaboliza toda obra que vise à unidade e a fazer um caminho comum.

A Igreja Ortodoxa, de sua parte, tem fé em Deus e, com otimismo, continuará os diálogos teológicos, especialmente com a irmã Igreja Católico-Romana. Nós acreditamos que, nos próximos anos, haverá progressos significativos. Não seria sábio colocar limites de tempo ao nosso diálogo, e não se deve trabalhar com os critérios e as regras seculares. Acreditamos que devemos dialogar com sinceridade e senso de caridade e continuar a rezar muito, para que, com a graça de Deus, quando Ele quiser, cheguemos a resolver as nossas controvérsias e a alcançar, assim, a tão desejada unidade.


domingo, 24 de julio de 2016

S.E. Policarpo en Vatopedi (Monte Athos)

Algunas imágenes de nuestro Metropolita en el Monasterio de Vatopedi, gentileza del P. Rafael.

Publicado por Sacra Metrópolis de España y Portugal - Patriarcado Ecuménico en Domingo, 24 de julio de 2016

Τρισάγιο στον γέροντα Μωυσή από τον Ισπανίας Πολύκαρπο

Αρχιερατικό τρισάγιο στον μακαριστό Γέροντα Μωυσή τον Αγιορείτη τέλεσε σήμερα, Σάββατο 23 Ιουλίου ο Σεβ. Μητροπολίτης Ισ...

Publicado por Sacra Metrópolis de España y Portugal - Patriarcado Ecuménico en Sábado, 23 de julio de 2016

Λαμπρός εορτασμός των Βατοπαιδινών Αγίων

Με αγιορειτική λαμπρότητα εορτάστηκε σήμερα, Σάββατο 23 Ιουλίου η Σύναξη των Αγίων Βατοπαιδινών Πατέρων. Στο Καθολικό τ...

Publicado por Sacra Metrópolis de España y Portugal - Patriarcado Ecuménico en Sábado, 23 de julio de 2016

sábado, 23 de julio de 2016

Πανηγυρική Αγρυπνία στην Ι.Μ.Μ. Βατοπαιδίου

Καθολικό του Ευαγγελισμού της Θεοτόκου της Ιεράς Μεγίστης Μονής Βατοπαιδίου, η πανηγυρική αγρυπνία για την εορτή των Αγί...
Publicado por Sacra Metrópolis de España y Portugal - Patriarcado Ecuménico en Viernes, 22 de julio de 2016

viernes, 22 de julio de 2016

Μικρός εσπερινός των Βατοπαιδινών Αγίων

Με Αγιορειτική μεγαλοπρέπεια τελείται αυτή την ώρα στο Καθολικό της Ι.Μ.Μ. Βατοπαιδίου, ο μικρός εσπερινός επί τη εορτή ...
Publicado por Sacra Metrópolis de España y Portugal - Patriarcado Ecuménico en Domingo, 24 de julio de 2016

jueves, 21 de julio de 2016

Βαρκελώνη - Δωρεά Εκκλησιαστικών Βιβλίων στην Ενορία μας


Με πρωτοβουλία του αγαπητού κ.Κλήμη Νταλιάνη και τη βοήθεια των κ.Τσουκαλά Θεόδωρου και 6ου ΚΑΠΗ Αιγάλεω, εξοπλίστηκε η ενορία μας με εκκλησιαστικά βιβλία τόσο αναγκαία σ’αυτή.

Ο κ.Νταλιάνης σε παλαιότερη επίσκεψή του, συζήτησε με τον π.Χριστόδουλο για την πορεία της ενορίας μας και ζήτησε να μάθει τις ανάγκες της και επιστρέφοντας στην Αθήνα κινητοποιήθηκε άμεσα, βρίσκοντας και άλλους συμπαραστάτες στην προσπάθειά του.

Τους ευχαριστούμε εκ βάθους καρδίας και τους ευχόμαστε ο Αγιος Νεκτάριος να τους χαρίζει υγεία και πλούσιες ευλογίες.